Aula 1: Itens Ninja!

Uma manhã qualquer começara a aparecer. O vento gélido adentrava a pequena casa, fazendo a dobradiça ranger com as palhetas de venezianas sendo empurradas. Não tinha muita iluminação ali, como também mal tinha cozinha. Era uma pequena casa sendo iluminada pelo Sol do horizonte.
Em minha cama, deitado de barriga para baixo, estava em mais profundo sono. Meu travesseiro estava uma marca molhada de minha baba, com pouco audível som de meu ronco. O mesmo vento gélido batia em minhas costas, oque me fez intuidamente querer pegar meu lençol que estava a minha mesa ao lado da cama, quanto mais me esticava, mais saia pelas beiradas. - Peguei... - Mas logo abro os olhos espantados - A BRAULA ! - Falava com minha boca contra o travesseiro, saindo totalmente errado. Impulsiono meus braços conta o colchão, levantando rapidamente quase num pulo. Pego dois biscoitos de água e sal e os coloco a boca, com os farelos saindo pelos lados. Pego minha Yukata com minha expressão de apreensão. Vestido, bato a porta atrás de mim, me dirigindo até a Academia.

Barulhos pelo corredor da Instituição, murmúrios podiam ser ouvidos. As placas em cima das portas me guiavam até minha sala pretendida, lá já podia ver alunos preenchendo boa parte da sala mas noto, quando passo pela porta,  o sorriso do professor que me recebia. "- Que bom... - " Pensava ao ver uma carteira vazia, a ultima da sala ao lado direito. Mais reservado.
Nesta aula era sobre armas e seus manejos; equipamentos básicos pelo oque vejo. Minha escolha? Uma kunai. Sentia seu peso pela minha mão, me acostumando rapidamente. Preferia lâminas, uma katana mas uma kunai serviria para algo. Girava por seu cabo circular, com meu dedo indicador dentro do circulo enquanto caminhava para o campo de treinamento. Uma rápida olhada e vejo vários desleixados, onde nunca  encostaram sequer num objeto de cozinha afiados, era vergonhoso. Praticava algumas vezes cortes e perfurações ao boneco, com movimentos de esquiva, imaginando ataques investidos contra mim. Meus pontos eram simples, cortes aos braços, pernas e perfurações na cabeça. Uma padrão por mim era imposto entre os golpes.

Atacando o suficiente para memorizar o básico, volto a girar a kunai em meus dedos e voltava para o corredor, seguindo para segunda sala.

Aquela manhã brilhava intensa, talvez fosse apenas impressão o fato daquele raio de Sol estar tão mais radiante, um nervosismo um tanto desconfortante agitava sobre a mente deste, repousava sobre à sombra de uma árvore qualquer próxima de largos portões, estes estavam por abrigar alguma coisa do lado de dentro, a todo momento ele se perguntava o que o fizera seguir até aquele local, achar algum tipo de vida ou civilização, durante tanto tempo ele havia buscado um lugar para se situar e se alojar no meio de sua própria espécie, mas depois de tanto tempo distante, aqueles quais nem mais pareciam ser os mesmos para com o garoto, apenas uma raça diferente. - Isso vai ser difícil... - Murmurou para si referindo-se a sua primeira experiência com outros humanos, mas ainda sim, mesmo com toda sua euforia para conhecer novos lugares, era um motivo ainda um tanto inexplicável pelo qual ele estava naquele lugar em específico, a única maneira que obteve de chegar até ali foi seguindo rastros de outros deixado pelas estradas de terra.
- Incrível!... - Ele não conseguia proferir nada além do que simples palavras de espanto, estava maravilhado com tudo o que via a partir do momento em que passara pelos grandes portões, eram estruturas sólidas, feitas de materiais irreconhecíveis para Hércules. - É tudo muito... Diferente. - Diferente de tudo o que ouvira ou tivesse visto antes, o tempo em que havia passado longe de sua espécie parecia que esta tivesse evoluído tanto, apenas relances da vida humana havia sido presenciada pessoalmente pelo rapaz, e tudo o que sabia era provindo de contos de outros felinos que haviam vivenciado ou presenciado. Ele caminhava com o tronco curvado até certo momento, ele se forçava a caminhar utilizando somente os pés, afinal, todos a sua volta faziam dessa forma, em um território desconhecido ele teria de tentar se infiltrar e agir naturalmente para com os costumes daquele povo. Ele continuou caminhando pelas ruas, buscando alguma coisa que pudesse fazer para se enturmar, ele buscava uma forma de compreender o costume daquelas pessoas, uma forma de se adequar ao seu estilo de vida. A forma que achara para se infiltrar e aprender mais fora uma que havia aprendido muito bem durante o tempo na floresta, que era o de aprendizado, até mesmo os animais selvagens tinham regras, tinham seus ritos e costumes, a forma com qual eles se preparavam para o mundo não se demonstrava muito diferente da observada no povo humano, os mais novos eram instruídos pelos mais velhos, em um bando, existia o líder, responsável por lidar com as decisões e manter o grupo todo reunido e firme, ele se diferenciava de todos os outros não pelo seu poder, mas pela sua capacidade mental de manter o grupo vivo, e assim como em um bando, aquele lugar deveria ter um líder, alguém responsável por manter todo aquele local em segurança e ordem, seguindo essa ordem, não era difícil pensar na possibilidade da existência de instrutores, aqueles que poderiam levar os jovens para o caminho certo e ensiná-los a seguir o caminho e viverem como os outros de sua espécie, ele só precisaria saber onde procurar.
Depois de um tempo de busca e observação ele pode ter um pouco de certeza onde se encontrava esse local, ainda sim era muito arriscado para ele ir até lá diretamente, seus costumes ainda não era como os dos humanos, ele mal podia resistir à tentação de correr utilizando as mãos como "patas" ainda mais falar como eles e agir, mas talvez fosse necessário se arriscar, sendo preciso apenas que ele deixasse de lado seus costumes selvagens para aprender os novos, perdendo a timidez, ele caminha até onde jovens de tamanho quase igual a Hércules iam, eles caminhavam de mochilas e equipamentos para dentro de um edifício, alguns outros saiam exibindo habilidades que não apresentavam antes de sair, talvez isso fosse um sinal de que aquele lugar fosse mesmo responsável por ensiná-los algo. Ele caminhou em direção a aquele lugar, sendo toda aquele experiência muito nova ele não pode deixar de hesitar entrar ao chegar bem perto.
Dentro do edifício depois de algum tempo hesitando em entrar, ele seguiu junto com os outros menores, seguindo para dentro de uma sala que abrigava um símbolo acima da porta. "1" estava escrito com uma tinta de cor preta, para Hércules aquilo conferia a uma ordem numérica adotada pelos humanos para contar as coisas, e em seu conhecimento superficial sobre seus costumes, 1 era usando para se referir ao primeiro de uma sequência, a primeira sala de muitas, talvez a primeira etapa para obtenção de conhecimento de Hércules.
Adentrando na sala com outros garotos, idades aparentemente semelhantes, os tamanhos batiam, muitos entravam em grupo, a falação era alta o que provocava os ouvidos sensíveis do rapaz, ele abafava o som com o uso de suas mãos, ele caminhava em direção ao fundo da sala, indo para o canto mais vazio como forma de se proteger daquele universo totalmente diferente, por mais que seu corpo pedisse para que ele se enturmasse, era preciso uma observação muito melhor do ambiente em que estava e com as pessoas com quem o compartilhava, seus sentidos estavam confusos diante de toda aquela experiência, ele observou atentamente quando um homem diferente de todos adentrou no local, ele carregava equipamentos diferenciados de todos os outros garotos ali, até mesmo suas vestem eram diferentes, e no momento em que todos se calaram para ouvi-lo, Hércules teve certeza de que aquele estava ali para instruir.
Depois das considerações dadas, informações passadas, boa parte delas compreendida pelo rapaz, mas algumas palavras ainda entravam em conflito na sua cabeça, por mais que tivesse conhecimento sobre o idioma Humano, ele ainda tinha dificuldades em entender algumas palavras, então, assim como os outros ele se levantou, vendo que cada um pegava um equipamento encima da mesa ele fez igual, aqueles instrumentos não eram totalmente novos, ele já se lembrara de ter visto uma vez, utilizado pelos humanos para caçar animais e matar outros de sua espécie, eram armas afiadas, mas para Hércules se tornavam apenas instrumentos fúteis, já que suas garras já exerciam o papel daquele item. Ele caminhou junto com os outros que seguiam para um amplo espaço aberto, lá, usavam o instrumento para perfurar uma outra coisa, se assemelhava bastante a um corpo humano, porém feito de palha e outros materiais, talvez uma simulação de como seria acertar um corpo, eles estavam treinando o ataque com aquelas armas, Hércules olhou bem para a que havia pego naquela mesa, ela carregava um papel com uma escritura muito estranha, por mais que ele quisesse treinar, a arte da caça e combate já era conhecida por ele, enquanto muitos arremessavam suas armas e cortavam das mais diversas formas o alvo, ele simplesmente caminhou para perto, com o punho aberto ele cravara sua mão no alvo, com um movimento rápido para cima ele realizava um corte abrindo e rasgando ao meio aquela palha espalhando-a para todos os lados. - Os humanos aprendem a lutar com inimigos falsos... como esperam que eles ajam diante do verdeiros perigo...! - Se questionou falando em uma língua diferente da qual os outros presentes pudessem entender, o garoto percebia que alguns dos outros estavam se retirando depois de treinarem com seus alvos, Hércules os seguiu, quem sabe teria uma nova lição, algo que realmente lhe fosse ensinar algo.

Era um novo começo para Dolor, de sua infância apenas restou as lembranças dos maus tratos e a cicatriz em seu olho ,Era um rapaz grande alto e com uma anomalia nunca vista antes ele obtinha quatro braços ,isso o fazia se reprimir ,pois as pessoas tinham medo de sua aparência peculiar.Mas agora estava ali para ser um ninja, queria ver o quão forte poderia ser ,queria ver se obtinha alguma habilidade ou talento.Entrou na academia e viu que as pessoas o olhavam e o encaravam,mas ignorou e seguiu para a sala que fora designada para a sua primeira aula ninja .Ele olhou os ninjas ali e apenas se sentou em uma cadeira vazia e em frente a cadeira havia uma mesa com armas brancas ,logo de cara ouve o instrutor que citou sobre cada uma delas e ouve-se dizer que poderia escolher duas das quatro,mas este por ter quatro braços preferiu pegar todas as quatro.

Olhou para o instrutor com um dos olhos e sem revelar seu rosto,pois estava coberto e lá fora usou apenas a Kunai e guardou as outras,Devido andar descalço por ali este sentia a terra em seus pés ,estava em harmonia com a terra e granças a isso preferi-o investir com um alvo usando seu grande corpo empunhando a Kunai  .Correu em linha reta usando seus braços dianteiros como fonte de impulso em com o braço secundário sacou a kunai em um furo longo e certeiro ,retirou a Kunai que havia cravado na madeira e observou seu primeiro contato com uma arma ninja.Dolor apenas respira profundamente e segue seu rumo a próxima aula.

Já é de manhã, mas ainda é possível sentir o ar gélido da madrugada da qual passei acordado. Não podia dormir com os pensamentos que vagam na minha mente e com minha irmã estirada na cama. O colchão em que ela dormia esta completamente sujo e com um odor estranho, mas mesmo assim ela esta com uma expressão de tranquilidade seguida por um sorriso que só uma criança poderia ter. Isso me alegra, porém não o suficiente para me esquecer que estávamos, mais uma vez, em uma casa abandonada, caindo as pedaços. A casa é pequena, esta cheio de insetos e suja, possui apelas três cômodos, o quarto onde estamos fica no fundo da casa enquanto que a sala, que é ligada a cozinha, tem um sofá velho e uma estante com alguns livros encardidos e mais nada. O banheiro, que fica entre a sala e a cozinha, é pequeno, tem apenas uma pia, privada e chuveiro. Já a cozinha é  pior do que o resto da casa, ficava na parte da frente e estava com a tinta da parede descascando, já não sai mais água da torneira da pia e pare termos água temos que ir na beira de um rio para coleta-la.
Olhando pela janela, enquanto os primeiros raios de sol batem em meu rosto, só consigo pensar em como somos sortudos de termos chegado até aqui. Claro essa cassa é uma porcaria, mas mesmo assim, é um começo, estamos nos virando... ESTAMOS CONSEGUINDO ALGUMA COISA PELA PRIMEIRA VEZ.
- Calus, já ta acordado?- Emi diz isso enquanto esfrega seus olhos. Ela é uma graciosa, enquanto esfrega seus olhos, seu calo branco e curto e cheio de nós, que fora cortado durante a viajem, balança junto ao vento que entra pela janela. Ela se cobre novamente para tentar fugir do frio - Seria bom se desse pra fechar a droga dessa janela.
-Eu sei Emi, vou dar um jeito nisso.- Enquanto falo essas palavras procuro minhas roupas para ir para a para a aula.
- Antes de você ir, tem alguma coisa aqui para eu comer? sabe tenho só 12 anos, preciso comer muito. Ao dizer isso ela tenta expressar uma cara de raiva, mas com essa cara ela só é capaz de me cativar ainda mais.
- Que tipo de irmão você acha que eu sou? claro que tem, é só você procurar direito, sua idiota. Digo essas palavras e nossos olhos se cruzam automaticamente. Não falamos nada um para o outro. Nós dois já sabemos o que sentimos que possuímos e sabemos também que isso é uma vitória. Um leve sorriso escapa da minha boca.- Quando voltar eu te trago alguma coisa pra comer. Algo descente. Okay? Caminho até ela, estico minha mão e fecho me punho estendido. Ela retribui batendo em minha mão com o punho fechado.- Até
- Até, vou tentar arrumar essa bosta de lugar.
Saio pelo porta da frente a passos largos e apressados, não por estar atrasado, mas sim por estar nervoso. Minha primeira aula, nunca estive em uma sala de aula mas consigo imaginar como era, várias pessoas da minha idade ou talvez menos, todas bem vestidas, provavelmente, e apenas eu vestindo trapos e parecendo um saco de batatas que foi maltratado com o passar do tempo. Atravessando por algumas ruelas e caminhas calmos e pouco movimentados chego na academia.
Ao entrar na sala, evito olhares e sento no primeiro lugar que a visto. Espero algum tempo sentado, até todos chegarem, então vejo o professor. Ele é alto e exala confiança, até mesmo sorri para mim. Um pouco de admiração pelo professor cresce dentro de mim e noto que ele possui uma katana, que logo deixa ao lado da porta. Uma espada dessas seria bem útil para mim, ainda mais se eu tiver que fugir novamente, penso isso enquanto o professor começa a falar.
Aparentemente teremos que ir para o campo, a aula de hoje será prática. Será uma aula com armas e posso até mesmo escolher a minha.Decido levar a Kunai por ser o que melhor se encaixa em minha mão. Percebo que é uma arma um pouco leve demais. Muito leve na verdade.
Se ao menos fosse uma espada como a do professor..., enquanto penso isso sinto o vento batendo em me rosto e decido treinar com os outros garotos. Tento acertar os alvos e luto com meus colegas.
Com a aula acabando e me sentindo cheio de energia, prossigo para segunda aula.

-MAS QUE DROGA!!!Gritava pelos corredores de lojas. De repente todos começam a posar os seus olhares em mim. Só o fato de ir para a academia é patético. Não preciso estar lá... Então percebo que todos estão prestando atenção em mim como se fosse um espécie de animal raro, mas que droga..

Continuo a andar pelas lojas, ainda era dia e a luz do sol refletia nas placas dos comércios. Havia pessoas de todos os tipos e formas, velhos e novos, altos e baixos magros e altos. Eu era incapaz de sentir qualquer coisa por eles.

-Não preciso de treinamento. Murmuro baixinho dessa vez. Aquele velho estúpido é incapaz de entender isso, só consegue beber e beber. Ainda consigo me lembrar do hálito dele enquanto ele falava comigo, ele dizia coisas como: Você precisa se tornar alguém, não pode mais vagabundear, amanhã você terá te começar as suas aulas, e caso não passar vai ser pior.... Todas as noites desde a morte de mamãe ele fica bêbado e tem que descontar suas frustrações em mim.

Caminho um pouco mais até sair do centro de lojas. - Melhor assim, odeio multidões. Continuo o meu caminho até chegar ao maldito lugar que nem desejava estar, e, assim que entro na academia, me deparo com mais corredores e com pessoas. Droga, droga, droga.. Quanto mais eu sigo pelos corredores mais me sinto vigiado. Odeio esse sentimento.

Assim que chego em minha sala noto que todos já estão em seus lugares sentados e prestando atenção no professor que dará a primeira aula. Ele é alto e moreno e possui um coque estupido. Ele sorri para mim... Para que ele sorri pra mim?

Estranho. Me arranjo um lugar vago e me sento. O sol bate em meu rosto de forma a me incomodar, o professor que tem pinta da pedófilo começa a dar sua aula falando como é importante um ninja saber isso e aquilo. Parece meu pai falando.

Então a aula começa de verdade. O professor pede para que escolhamos armas e em seguida devemos praticar com elas em no campo do lado de fora.

Eu decido pegar a kunai de arremesso, parece combinar mais comigo. Só tenho que ficar arremessando isso nos alvos, que nem no treinamento que eu tinha com meu pai...hum, pelo menos ele me ensinou alguma coisa direito. Penso sobre o assunto rapidamente e logo me dirijo para o campo.

Chegando lá, começo a estudar o peso da kunai, era como todas as outras. Já estou acostumado com isso. Começo a arremessa-las uma a uma. Todas atingem seu o alvo, não perfeitamente, mas atingem Nada mal para quem não tem nem interesse em se tornar ninja penso comigo mesmo. e volto para dentro da academia para prosseguir com as próximas aulas.

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Ele se movia com passos muito lentos em direção ao prédio, seu corpo estava completamente imóvel sem ser pelas pernas que o faziam chegar cada vez mais perto da entrada, seus olhos estavam cerrados, um sorriso simpático estava aberto no rosto do garoto, a cada pessoa por qual este passava na rua era um cumprimento. Diante da porta para dar acesso à primeira sala da academia ele não pausou os passos, apenas os fez acelerar para chegar ainda mais rápido no local. Ele ouviu bastante sobre a academia antes de ingressar na idéia de se tornar um ninja do exército de Konoha, foi dito uma vez serem necessários alguns testes de aptidão física e vital de algumas formas diferentes, assim como testavam as capacidades em batalha de cada um individualmente, não eram tarefas difíceis, coisas básicas que qualquer ninja aprendia dentro de sua própria casa se algum familiar fizesse parte do exército de Konoha.  Chiyo se apresentou na sala de numero um, os braços estavam colocados atrás de seu corpo, logo abaixo de sua coluna, unidos pelos dedos entrelaçados, no instante em que cruzou a porta e deu de cara com o instrutor, suas mãos se separaram, ele elevou a direita até acima de sua cabeça dirigindo um aceno para o homem. – Bom dia senhor! – Ele dizia em um tom calmo e simpático, estava mantendo as aparências, em sua mente milhares de questionamentos e pensamentos perversos rondavam, ele caminhou até a primeira fileira, o local onde se amontoavam muitas outras pessoas. – Olá colegas! – Ele se calava após cumprimentar a todos na fileira, não dizendo em um tom robótico, como se não quisesse estar fazendo aquilo, ele agia de forma natural, algo muito bem elaborado para parecer verdadeiro.

A aula era dada, o Instrutor executava sua tarefa ensinando para os ninjas presentes a primeira aula da academia. “ Fufufu... Que ridículo, é isso que eles ensinam nessas academia afinal, ensinam a cortar um pão e passar manteiga, o destino de nossos ninjas está em boas mãos, fufufufu!” Ele compartilhava seus pensamentos com o consciente, rindo dentro de sua própria mente sem deixar seu sorriso simpático sair do rosto. Ele caminhou até a mesa onde havia diversos instrumentos, optou por pegar aquele que se assemelhava mais com uma espada, medindo aproximadamente 25Cm, não era a melhor das opções para se usar em uma luta de espadas, porém, teria de se virar até conseguir obter algo com um valor mais agradável. “ Vamos lá!” Dizia ele mentalmente, seu corpo entrava em posição de combate ao estar de frente para com o boneco de treinos, a arma posicionada a frente do corpo, a mão que não estava manuseando estava repousada na parte de trás do tronco, suas pernas afastadas e joelhos devidamente dobrados. A posição tomada era uma forma de lhe dar um melhor impulso na hora da arrancada, além de adquirir a velocidade máxima desejada ele também obteria altura, o bastante para ergue seu pé de forma que pudesse atingir o boneco na costela, sua perna se movia para frente enquanto o braço com a Kunai ia para trás, aos poucos ele girava seu corpo, deixando a arma o mais longe do alcance daquele boneco, Chiyo aguardou até o ultimo instante em que seu corpo estivesse completamente de lado para com o boneco, assim, seu braço que antes repousava no tronco rapidamente alavancava para frente, deixando escapar de sua manga outra Kunai que ia em direção à cabeça do boneco, esta até então escondida. “ Sempre tenha uma arma escondida, atacá-lo de guarda baixa, enquanto não espera por um ataque de tal intensidade, é a melhor forma de abatê-lo! “.

Uma manhã qualquer começara a aparecer. O vento gélido adentrava a pequena casa, fazendo a dobradiça ranger com as palhetas de venezianas sendo empurradas. Não tinha muita iluminação ali, como também mal tinha cozinha. Era uma pequena casa sendo iluminada pelo Sol do horizonte.
Em minha cama, deitado de barriga para baixo, estava em mais profundo sono. Meu travesseiro estava uma marca molhada de minha baba, com pouco audível som de meu ronco. O mesmo vento gélido batia em minhas costas, oque me fez intuidamente querer pegar meu lençol que estava a minha mesa ao lado da cama, quanto mais me esticava, mais saia pelas beiradas. - Peguei... - Mas logo abro os olhos espantados - A BRAULA ! - Falava com minha boca contra o travesseiro, saindo totalmente errado. Impulsiono meus braços conta o colchão, levantando rapidamente quase num pulo. Pego dois biscoitos de água e sal e os coloco a boca, com os farelos saindo pelos lados. Pego minha Yukata com minha expressão de apreensão. Vestido, bato a porta atrás de mim, me dirigindo até a Academia.

Barulhos pelo corredor da Instituição, murmúrios podiam ser ouvidos. As placas em cima das portas me guiavam até minha sala pretendida, lá já podia ver alunos preenchendo boa parte da sala mas noto, quando passo pela porta,  o sorriso do professor que me recebia. "- Que bom... - " Pensava ao ver uma carteira vazia, a ultima da sala ao lado direito. Mais reservado.
Nesta aula era sobre armas e seus manejos; equipamentos básicos pelo oque vejo. Minha escolha? Uma kunai. Sentia seu peso pela minha mão, me acostumando rapidamente. Preferia lâminas, uma katana mas uma kunai serviria para algo. Girava por seu cabo circular, com meu dedo indicador dentro do circulo enquanto caminhava para o campo de treinamento. Uma rápida olhada e vejo vários desleixados, onde nunca  encostaram sequer num objeto de cozinha afiados, era vergonhoso. Praticava algumas vezes cortes e perfurações ao boneco, com movimentos de esquiva, imaginando ataques investidos contra mim. Meus pontos eram simples, cortes aos braços, pernas e perfurações na cabeça. Uma padrão por mim era imposto entre os golpes.

Atacando o suficiente para memorizar o básico, volto a girar a kunai em meus dedos e voltava para o corredor, seguindo para segunda sala.