Outbreak - O Dia depois de Amanhã

"Não preciso matá-los... Só preciso criar tempo e espaço para poder fugir, ou melhor, sobreviver"  Olhava para o homem que estava próximo, ele seria minha maior ameaça por enquanto. Ele só tinha uma das mãos e aparentemente sua principal fonte de dano e infecção que é a boca, logo pensava no quê fazia acreditar que aquela era uma forma de infecção "Acredito que isso seja infeccioso pelo fato de ter mais de um do mesmo jeito... Seria a boca a principal forma de transmissão? Afinal, todos tem ao menos uma mordida." que parecia ter agora uma extrema força ao menos na carne humana. Giro minha tonfa e assim tento afastar seu braço com a tonfa e tentaria fincar a kunai em sua cabeça.

Spoiler:

Aparentemente a criatura estava inibindo todas as dores. Sabia que aquilo seria difícil de se lidar, um oponente que ´´e incapaz de sentir algo quando ferido? Que absurdo. Estava num dilema extremamente perigoso, a criatura não era inteligente, logo usar análises complicadas não me ajudaria numa situação daquela e isso torna a movimentação imprevisível para aqueles que não observou os padrões e os vícios dessa nova raça.
Seu braço com o osso pressionava o meu corpo de maneira que o incômodo atrapalhava meu raciocínio, precisava me esquivar daquilo e usando ao menos minha inteligência para a defesa e esquiva. O peso dela por estar fora de si estava sendo depositado totalmente em mim e ele a todo momento visava procurar me acertar, demonstrando descontrole total sobre si apenas para conseguir cumprir seu breve objetivo de saciar suas vontades mundanas. Sabendo de tal condição, o mais rápido possível iria girar meu corpo num movimento de alavanca circular para o lado direito, num movimento de meia lua, só que usando minhas costas como orientação, assim, a gravidade atuaria no corpo da criatura e faria com que ela caísse no chão por não estar me segurando com o braço que pressiona contra mim ou ao menos passasse direto e criasse um distanciamento de meu corpo. Tentaria usar minha velocidade para fugir dali de alguma forma.

Meus olhos se arregalam ao ver aquilo, estava sem tempo, precisava lutar contra o tempo e conta aquelas criaturas. Não era para ele estar dormindo ou morto? E se... Aparentemente a cada segundo que passava começava a entender cada vez mais sobre as criaturas que me cercavam, só precisava sobreviver para passar o conhecimento adiante.
Era triste ver uma criança daquele jeito e quem sabe aqueles aldeões, era certo que eu tinha falhado com a vila. mas eu precisava superar isso e ir atrás do causador de tudo, não como um Hokage ou ex-Hokage, mas como grande investigador sociopata altamente funcional.

Após a reflexão, girava minha tonfa e batia na cabeça do garoto, esperava que com o impulso da tonfa com o giro e minha força fosse capaz de fazê-lo recuar ou amassar sua cabeça a ponto de acertar o cérebro e danificá-lo.

"Tsc... Que ódio, se continuar assim só vai piorar minha situação" Procurava um caminho livre para seguir e assim iria por ele.

Batia na porta da casa e dizia num tom de voz que julgava suficiente para ela ouvir - Abra a porta, eu sou o Hokage - Esperava que ela respondesse ao apelo, precisava achar recursos e quem sabe, ajudá-la.

"Vamos? Plural, ela não está sozinha, mas provavelmente esteja mentindo" - Estava numa situação complicada onde atrás de uma porta encurralado eu estaria tendo que convencer uma garotinha de quê sou uma pessoa confiável. - Eu tenho pouco tempo, as criaturas estão chegando, eu preciso de ajuda. Não tenho mais acesso a minhas reservas de chakra, algo aconteceu e eu preciso de tempo para pensar numa estratégia para sair vivo dessa situação, então, por favor! Me ajude a proteger esse vilarejo.- Tentaria medir a minha distância dos zumbis enquanto falava tais coisas - Olhe você mesma, você provavelmente consegue ouvir os grunhidos, independente de e entrar ou não eles vão tentar passar por essa porta, logo você não terá mais como se defender. Preciso que confie em mim só até resolvermos isso. Eu juro que vou te proteger e caso você não confie em mim depois que resolvermos esse problema com as criaturas você pode me amarrar por garantia.

Tentava usar meus olhos treinados para uma dedução para tentar visualizar a aparência daqueles que ali se encontravam. Tentar supor uma idade para cada um. Dou a kunai que estava em minha mão esquerda para a garota - Precisamos fazer algo rápido, teoricamente são quatro lá do lado de fora, sabem algo sobre eles ou ainda não? - Me levantava e tentava ignorar o fato do clima que havia sido criado - Dou explicações se tudo der certo, o garoto e a idosa poderiam escolher um lugar para se esconder para evitar riscos.

-Tem algo em mente? - Dizia para a garota.

- Não quer se defender? - Abaixava a cabeça, ela realmente estava certa - Eles escutam, realmente. Não possuem senso de dor, transmitem aquele estado através da mordida, não possuem fala aparentemente.
- A questão é, não sei se estão vivos ou mortos, se o quê eles transmitem acaba com a vida da pessoa ou apenas as transforma nesas criatura horrenda.

Olho para o garoto e supondo que ele estivesse com medo resolvia falar diretamente para ele - Você vai saber que uma pessoa está igual aos outros pela cor de sua pele, ela se torna acinzentada e isso demora um pouco para gerar a infecção. - Olhava para a garota - Diga que você tem algo em mente, ao menos para proteger a si mesma e os outros dois.

- Tsc... Okay - Iria tentar olhar pelas janelas para checar a quantidade de criaturas, o plano era tirar a atenção da casa e fazê-los se voltarem contra mim novamente - Entendo, então... Tenho que agir logo - Procurava um lugar onde pudesse sair com segurança e chamar a atenção dos zumbis, estava no momento de finalmente agir como um líder que quer bem dos aldeões e acabar comprando tempo.

"Tsc, que merda" Olhava para o vidro e me afastava um pouco, de qualquer forma ele iria cair. Pelo que dava a entender eles também podiam me ver, isso confirmava ainda mais a minha tese de quê eles possuem os sentidos humanos, quem sabe bem mais aprimorado. Deixaram de ser criaturas racionais para agir pelo instinto e isso complicava pois não era algo que nós esperávamos dos humanos.

Esperaria o zumbi quebrar a janela para golpeá-lo de volta no tempo em que taria tentando me alcançar ou entrar para o desestabilizar e depois tentaria fincar a kunai na cabeça dele.

-...- Olhava para a garota ajudando a idosa levantar - Vocês tem que procurar um lugar alto para se proteger, acha que meu gabinete vai ser seguro para vocês? - Comentava, tinha criado uma dívida de vida com ela e queria retribuir criando um lugar seguro para que pudessem ficar. Tentaria os acompanhar pelos fundos, obviamente, caso ela não me trancasse para a morte naquela casa.

-... Os seguirei e os ajudarei com o quê for possível, tenho uma dívida contigo - Dizia a espera de suas ações, esperaria ela decidir o quê era melhor para sua família.

- Quer tentar arriscar ir para meu gabinete? Se não tiver ninguém lá vocês podem ficar ou procuramos uma outra casa - Precisávamos ser rápidos ou estaríamos encurralados dessa forma. Seguiria o corredor.