Finalizado - Abominável e Frio

Edward coletava os gravetos para manter a fogueira acesa, ele não se recordava bem do fatídico momento em que aceitou aquilo tudo, parecia mais uma ideia idiota, naquele momento ele desejou estar no seu velho barco que costumava usar para pescaria. " Bons tempos de pesca, o mar hoje parece estar bom para pegar alguns peixes grandes..." Os gravetos mal cabiam nas mãos enormes do gigante, ele com cuidado os colocava por debaixo dos braços, ele fazia esse percurso e voltava para fogueira despejando os gravetos encontrados nas chamas, as alimentando, ele ficava ajoelhado perto da fogueira, o crepitar tremulante das chamas e ao som da madeira sendo consumida ele voltava a afiar sua Claymore com uma pedra qualquer que achara pelo chão.

Depois do trabalho que teve para juntar os gravetos de modo que pudesse alimentar a fogueira, Edward se aconchegou em um tronco que havia por ali o usando como banco para ficar confortável. " Poxa... Acho que agora eu posso..." Seu pensamento é interrompido pela ação do homem que modo que apagasse consideravelmente a fogueira. - Nani!? - Edward cai de joelhos na frente da fogueira quase extinguida pela neve jogada, suas mãos trêmulas se mexiam com cuidado para retirar a neve de perto do fogo que ainda sobrara, se é que ainda houvesse algum, ele iria estimular o atrito entre os galhos e tentar manter a fogueira viva com outros gravetos que não estivessem molhados. - Essa é a única coisa que impediu que morrêssemos de frio até agora... - Vendo o movimento rápido do homem para se esconder depois de analisar a estranha atividade dos pássaros, Edward a princípio dava mais importância para manter a fogueira ainda acesa, conseguindo ou não, seu olhar partiria para o Oeste, mais precisamente o ponto onde os pássaros voavam. - Espera, estamos no frio, aves nesse clima tendem a migrar para regiões quentes, será que são corvos? - Questionava a espécie das aves que estava observando, não seria uma tarefa difícil saber se aquele bando eram de corvos ou não. 

Edward se locomovia na direção em que seu parceiro ia, contudo o gigante não tinha o mesmo cuidado em se manter oculto, caminhava com a Claymore na mão apta enquanto a outra carregava um pedaço de galho com uma concentração considerável de palha na ponta para manter o fogo aceso um pouco antes de consumir a madeira.

Continuo seguindo.

Arthas continuava seguindo o rasto enquanto deixava outro para trás, cortes com a Claymore nos cascos das árvores para ter noção de onde veio.

Alguns instantes de desatenção foi o bastante para dar a criatura vantagem momentânea sobre a situação, algo devidamente irônico visto que ocorreu para Edward observar as árvores logo após as pegadas desaparecerem, contudo ele havia alucinado por alguns instantes o que comprometeu sua situação. Caso Claymore ainda estivesse em seu alcance, caída perto ou ainda dentro de seu punho, seu braço livre iria se mover sorrateiramente pela neve até perto de sua cabeça, ele manteria o pé da criatura que estava acima de seu rosto ainda mais junto de seu corpo, o impedindo de fugir por alguns instantes, com o braço apto, aquele que empunhava Claymore, ele iria tentar perfurar a criatura com a ponta da arma na região do Tendão. Caso longe da Claymore e incapacitado de utilizar sua arma de alguma forma, com as mãos nuas o gigante iria agarrar o pé da criatura e tentaria tirá-lo de cima de seu rosto enquanto torcia os dedos para o lado na intenção de quebra-los e ferir a criatura.

Aproveitando-se do momento em que a criatura focava sua atenção no seu aliado, Edward colocava ambas as mãos do lado de seu rosto para tentar erguer seu tronco, com sua força e altura, talvez ele fosse capaz de pelo menos desequilibrá-la por alguns instantes, estes o suficiente para que seu companheiro tivesse mais tempo de responder a algum ataque, ou, o instante daria a Edward a chance de derrubar a criatura ou de alguma forma se livrar da pressão que o mesmo estava fazendo contra sua cabeça, ele tentaria fazer isso logo depois de erguer o tronco, rolando para o lado em que sua espada havia caído para se armar e preparar para o próximo ataque.